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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

 

Humor negro

O melhor site do Mundo, por Nuno Markl (Via AAA, n' O Insurgente).

Paulo Pinto Mascarenhas | 22:22 | 0 comments

 

Sim, sim


[Fotografia do "DN"]

Paulo Pinto Mascarenhas | 22:20 | 0 comments

 

Facultas-me aí um acompanhamento, meu?

"Acompanhamento facultativo" foi a solução encontrada por PS, PCP e BE na nova lei do aborto.
"DN" de hoje.

Paulo Pinto Mascarenhas | 22:19 | 2 comments

 

Nota

Os postes com que vos faço perder o vosso precioso tempo neste belogue são diferentes dos postes com que faço menos pessoas e com muitíssimo menos juízo perderem ainda mais tempo no belogue Arcebispo de Cantuária (sim, a quantidade de parvoíces que sou capaz de imaginar diariamente é efectivamente infindável, eu próprio não o consigo explicar, deve ter sido duma pancada que levei na cabeça quando era pequeno), pelo que os ilustres leitores (e colegas, sem ofensa) são livres, não de voar mas de me ler sempre que quiserem rir ou apenas perder tempo (as visitas serão remuneradas logo que possível).

Arcebispo de Cantuaria | 20:43 | 4 comments

 

Pergunta salgada

Um pinto da costa pode cantar de galo?

Arcebispo de Cantuaria | 20:43 | 0 comments

 

Se eles se lembram…

Se um dia chegar a casa e tiver um parquímetro na garagem, isso é EMEL

Arcebispo de Cantuaria | 20:41 | 0 comments

 

Otelo, pá, desculpa, pá.

Parabéns TSF pelos 19 anos. Para quem como eu tinha 6 anos em 1974, foi a primeira demonstração prática de para que é que servia afinal o 25 de Abril.

Arcebispo de Cantuaria | 20:40 | 0 comments

 

Antes pelo contrário

Desculpem lá qualquer coisinha, Adolfo e Pedro, mas o vosso "Sim" foi precisamente a este projecto de lei exclusivo da esquerda, elaborada por esta frente unida de esquerda, com estes precisos objectivos. Podem agora discordar dos métodos ou das densificações, mas foi neles que votaram: era realmente isto que significava desde o início. Esta aliança PS-PCP-BE-PV.

Paulo Pinto Mascarenhas | 18:30 | 9 comments

 

Com muita classe...


Two females who police said might be as young as 16 were clad in sunglasses as they handed a bank teller a note demanding cash, smiled as they waited and walked out with an undisclosed amount of money Tuesday, police said.

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Bruno Gouveia Gonçalves | 18:23 | 1 comments

 

There is always a bit of paradise in the disaster area

Depois disto não tenho mais nada a dizer... está tudo dito.
Grande Adolfo

Pedro Marques Lopes | 18:21 | 0 comments

 

As empresas só servem para atrapalhar

Não existe nada mais surreal do que assistir a uma discussão entre Louça e José Sócrates sobre desemprego. A desta tarde, no parlamento, foi exemplar. Estes dois senhores conseguiram estar a falar durante mais de meia hora deste problema sem que, nem por uma vez, falassem de empresas.
O mais próximo que estiveram foi quando Francisco Louça argumentou que havia uma espécie de complot para liberalizar os despedimentos, o que, na sua espantosa opinião, resultaria em mais desemprego.
Se da parte de Louça não me parece que existam dúvidas de como ele resolveria o problema do desemprego, convinha saber qual o papel que Sócrates atribui às empresas - se é que pensa que estas têm um papel nisto - na busca de solução para este problema.

Pedro Marques Lopes | 18:11 | 1 comments

 

A Atlântico n' O Insurgente


Atlântico 24Na Atlântico 24, destaco:

“Quem vê TV.” Por Manuel Falcão.

“Organização das Democracias Unidas?” Por André Abrantes Amaral.

“Porque não.” Por Luciano Amaral.

“Política ao som da música gay.” Por Alexandre Soares Silva.

“O governo tem um plano…” Por João Miranda.

“A estranha morte da política.” Por Bruno Alves.


Realço ainda o estimulante “Memorando Atlântico a um líder liberal-conservador” e esta excelente passagem na secção de Notas Dispersas deste mês que, de forma sintética e clara, aponta o problema fundamental da interpretação (?) dos resultados do referendo que prevaleceu na extrema-esquerda (e respectivos compagnons de route que esperam poder prosperar em águas turvas):

A velha vulgata marxista não morre. É como sarna. Aqueles que se deliciam com a patética dicotomia Boa América versus Má América aplicam agora esta forma de pensar infantil a Portugal. O sim ao aborto representa o “bom Portugal” (urbano, moderno, menos retrógrado, menos religioso). Já o “Não”, a Norte, representa a obscuridade e a religiosidade do “mau Portugal”. Análise patética. E, aqui sim, retrógrada. Uma vulgata marxista, com dois séculos de fracassos, continua a julgar-se senhora da modernidade. Século XXI? Nem pensar: esta conversa é do século XIX.

AAA, n' O Insurgente


[Problemas de distribuição a que somos completamente alheios impedem que a revista esteja à venda em todas as bancas habituais. Segundo nos garantiram, a situação estará amanhã totalmente normalizada. Pedimos desculpa pelos atrasos]

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Paulo Pinto Mascarenhas | 17:45 | 4 comments

 

O desafio a Cavaco Silva



Vai ser muito interessante acompanhar as próximas reacções da Presidência da República ao consenso restrito à esquerda na lei do aborto. Sobretudo porque, se bem se lembram, Cavaco Silva apelou no pós-dia 11 de Fevereiro para que não se dividisse mais a sociedade portuguesa do que já está dividida em resultado do referendo. Pelos vistos, o PS e o seu secretário-geral fizeram ouvidos moucos ao apelo presidencial - e reparem que o projecto de lei ignora a maioria sociológica e partidária que elegeu Cavaco. Este é, realmente, o primeiro desafio do PS - em aliança com as extremas-esquerdas - à cooperação estratégica de Belém.

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Paulo Pinto Mascarenhas | 16:18 | 2 comments

 

The Third Man



Bruno Gouveia Gonçalves | 15:16 | 1 comments

 

O gatofedorentamento de Portugal

É claro que o país existe desde sempre, qualquer país, com os seus gatosfedorentos potenciais. Há uma ideia de comportamento que quando é emoldurado pelo humor faz disparar o sentido de ridículo. Como um jacto de vómito, sabemos bem o que é, mas é difícil descrevê-lo.

Convém lembrar que o riso é uma descarga física, do corpo, sobre um paradoxo de sentido criado no cérebro.

Rir, achar graça, achar piada, é ser capaz de reordenar as ideias e o pensamento. Sem essa nova ordem – sem essa digestão da situação de humor – não há riso ou gargalhada que brote.

O Gato Fedorento, enquanto conjunto de autores que cria humor, procura situações cujo corolário seja o riso físico (a mera gargalhada interior não chega).

Imagino que eles, enquanto autores, prefiram que seja essa a sua força maior. Ser autor costuma ser mais valorizado que ser actor.

Mas ponho outro dado na equação.

E se a parte do humor chega pelo lado físico, de eles serem quem são?

Não falo só de Ricardo, um extraordinário actor cómico. Por exemplo, Tiago Dores, com o seu acting, reforça e muito os segmentos dos Tesouros Deprimentes.
Atrevo-me a dizer que neste último programa, aquele segmento sobre Paulo Portas teria ficado melhor se fosse Tiago a fazer de cicerone das mudanças.

Será que o Gato Fedorento é o melhor humor que temos no momento, por causa do texto ou por causa do acting?

Seguramente por causa dos dois.

E no futuro?

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PBM | 15:06 | 1 comments

 

TOCQUEVILLE



Está um princípio de tarde lindíssimo no Porto. Da minha janela vejo mais uma vez, na Rotunda da Boavista, que os ingleses derrotaram os franceses há muito tempo, quando aqui, como ainda no tempo d’A Família Inglesa, só havia campos e vaquinhas e Carlos vinha em busca da “solidão suburbana” e “ouvia distintamente a voz das raparigas do campo, chamando o gado, rindo ou cantando”. E estou a ler pela primeira vez na minha vida os Souvenirs de Tocqueville, que é um livro absolutamente maravilhoso que recomendo a quem nunca o tenha lido. É puro génio. Mesmo para quem tenha lido A Democracia na América e o Ancien Régime é uma revelação. O estilo de Louis-Philippe exibia uma “abundância fácil e singularmente incorrecta: Jean-Jacques retocado por uma cozinheira do século XIX”. Encontro exemplos. O mesmo Louis-Philippe, que conhecia "profundamente os homens, mas unicamente pelos vícios destes”. Encontro exemplos. (Hoje muita gente gaba Salazar, aparentemente sem se dar conta que é só por isso, que é pobre.) A cunhada de Tocqueville sofria de uma “sensibilidade demonstrativa”. Encontro exemplos. Em geral: “O hábito inveterado (…) de colorir sem medida a expressão dos seus sentimentos e de exaltar desmesuradamente os seus pensamentos, tinha-os tornado pouco capazes de medir o real e o verdadeiro”. Encontro exemplos. As conversas com Ampère, entusiasmadíssimo com a revolução. Encontro exemplos. E o resto, que é o principal, e obviamente não cabe num post. Há uma edição francesa barata.

Paulo Tunhas | 14:31 | 1 comments

 

Putin agradece

Ou seja, o que a Rússia está a fazer, e o que Putin fez em Munique, é muito claro: está a tirar benefícios do anti-americanismo e de algum arrependimento em relação a um alargamento rápido que existem hoje na Europa.

João Marques de Almeida, Diário Económico, 26 Fevereiro

Bernardo Pires de Lima | 12:37 |

 

Tá bem, abelha

É espectacular para a Sonaecom que o presidente da Caixa Geral de Depósitos tenha deixado claro que não recebeu qualquer orientação do Estado sobre a forma como deverá votar na sexta-feira”, Paulo Azevedo dixit

Pedro Marques Lopes | 12:18 | 0 comments

 

E os 5 que faltavam para fazer 10

Mário Jardel de Almeida Ribeiro, Peter Boleslaw Schmeichel, Ivailo Iordanov, Aldo Pedro Duscher e Alberto Federico Acosta.

Bernardo Pires de Lima | 12:02 |

 

Os 5 maiores portugueses

Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano.

Bernardo Pires de Lima | 11:56 |

 

Este é um post político

O fato político da semana, do mês e, muito provavelmente, de ontem a meio da tarde.

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Bruno Vieira Amaral | 10:54 | 0 comments

 

Não é a política que nos governa; é uma coisa chamada OGE; coisa que está fora do controlo da política porque a constituição não deixa...

Quando não se pode governar, fiscaliza-se.

Helena Matos

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Henrique Raposo | 10:54 |

 

Regulações que não me importava que o Estado se lembrasse de instituir (II)

Qualquer cidadão que opte livremente por usar o cabelo cortado à escovinha e o encha de gel diariamente só poderá exibir um (1) telemóvel na mão quando deambula pelo espaço público.
Coima: um milhão de euros por cada telemóvel a mais.

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PBM | 10:32 | 0 comments

 

Regulações que não me importava que o Estado se lembrasse de instituir (I)

É expressamente proibido telefonar para casa das pessoas com intuitos comerciais a partir das 20h. Isto inclui todas as empresas e particulares, incluindo ONGs.
Coima: um milhão de euros.

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PBM | 10:19 | 0 comments

 

Teatro Minimalista

Ribeiro e Castro partilhavam um chá de limão servido num Pires de Lima. De vez em quando espreitavam se as Portas continuavam fechadas.

Arcebispo de Cantuaria | 06:29 | 2 comments

 

terça-feira, fevereiro 27, 2007

 

A fraude de Cameron

Túmulo de Jesus, «entre arqueologia inventada, publicidade e vendas»

JERUSALÉM, terça-feira, 27 de fevereiro de 2007 ( ZENIT.org).- A anunciada descoberta do túmulo de Jesus é um fenômeno «entre arqueologia inventada, publicidade e vendas», explica o Studium Franciscanum Biblicum de Jerusalém.

A Faculdade de Ciências Bíblicas e Arqueológicas ofereceu este comentário depois de que James Cameron, o diretor do filme «Titanic», apresentou o documentário "The Lost Tomb of Jesus" (O túmulo perdido de Jesus), realizado em colaboração com Simcha Jacobovici.

O centro de pesquisa, após informar em um comunicado o parecer de todos os arqueólogos israelenses que se pronunciaram contra este suposto achado, conclui: «Esperamos com ansiedade saber quando acontecerá a venda das 'preciosíssimas' relíquias em que casa de leilão».

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Paulo Pinto Mascarenhas | 23:03 | 0 comments

 

De Esquerda, de Direita, do Centro... do Contra

- Parabéns, vocês aumentaram a produtividade.

- Mentira! Blasfémia! Não aumentámos nada!

Acho mesmo que no dia em que um governo anunciasse uma adesão de 90% a uma greve, os sindicatos vinham logo garantir que era mentira, tinham sido 30%.

Arcebispo de Cantuaria | 21:52 | 0 comments

 

A próxima incógnita

O que dirá o Presidente da República a um consenso nada alargado que excluiu declaradamente PSD e CDS? Seria bom que se voltasse a ouvir as gravações dos dois Prós&Contras durante a campanha em que ouvimos um "Sim" muito moderado a dizer que "obviamente" seriam acolhidas as "boas práticas" europeias e que haveria lugar "obviamente" a um aconselhamento obrigatório antes de qualquer aborto. Se não me engano redondamente, Vital Moreira foi um dos que o garantiu. A memória também pode ser abortada?

Paulo Pinto Mascarenhas | 21:43 | 0 comments

 

E o aborto, também é de esquerda, claro

O que dirão agora as generosas flores na lapela que vindas da direita apoiaram um caminho que deu lugar a esta lei do aborto, só discutida e aprovada pelos partidos de esquerda?

Paulo Pinto Mascarenhas | 21:39 | 0 comments

 

O consenso é só para a esquerda, não é?


Aborto: PSD diz que acordo é "legítimo", mas estranha não ter sido contactado


Lisboa, 27 Fev (Lusa) - O líder parlamentar do PSD, Luís Marques Guedes , considerou hoje "legítimo" o acordo alcançado pelo PS, PCP, BE e PEV sobre os termos da nova lei sobre o aborto, mas admitiu ser "estranho" os sociais-democratas não terem sido contactados.

Paulo Pinto Mascarenhas | 21:36 | 0 comments

 

Ia haver aconselhamento obrigatório, não ia? Ia mas era só durante a campanha, que o povo é sereno e as "boas práticas" são outras

PS, PCP, Bloco de Esquerda (BE) e “Os Verdes” (PEV) chegaram a acordo sobre os termos da nova lei de interrupção voluntária da gravidez. A proposta hoje entregue no Parlamento prevê uma consulta obrigatória e acompanhamento facultativo das mulheres.

Numa declaração aos jornalistas, nos Passos Perdidos do Parlamento, Alberto Martins disse ter entregado a proposta na Comissão de Assuntos Constitucionais, onde deverá ser discutida e votada na próxima semana.

Paulo Pinto Mascarenhas | 21:33 | 0 comments

 

Manuelpinhografia

O ministro é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é retoma
A recessão que deveras sente.

(Autopsicografia - Fernando Pessoa)

Arcebispo de Cantuaria | 20:53 | 0 comments

 

O próximo livro de Santana Lopes

"Pedro e o Lobo Xavier"

Arcebispo de Cantuaria | 20:53 | 0 comments

 

Fevereiro

Não posso com Fevereiro. Fevereiro devia ser desterrado, melhor, esquartejado em 11 fatias a repartir. Fevereiro não é um mês; é uma semana armada em parva. É como jogar futebol numa mesa de ping-pong.

Henrique Raposo | 20:30 |

 

O que interessa: tradição liberal (não confundir com o Tiago Liberalismo Fonseca) no mercado eleitoral


Continuo aquilo que o Paulo escreveu aqui em baixo. Nomes e gente capaz não falta à direita: Pires de Lima, Relvas, Borges, Portas, Marcelo, etc. Gente não falta. O que falta são ideias e políticas de direita, isto é, políticas dentro da tradição liberal (coisa que junta conservadores e liberais). Falta, acima de tudo, a coragem para dizer "sim, sou de direita. E qual é o problema?".

É isso que CDS e PSD - juntos e sem brigas de comadres mal amadas - devem fazer. Devem trazer, de uma vez por todas, a tradição liberal para o - o Pedro Marques Lopes vai adorar - mercado eleitoral português. Todos aqueles nomes - e muitos mais - fazem falta. Resta saber se os têm no sítio. Não chega ter razão. Não chega o power point. É preciso não ter medo. É preciso saber que o ódio que vão despertar é um bom sinal. Ódio é o sobrenome da política. Portanto, a questão é só uma, meus caros: do you have balls, or what? Se não têm, deixem-se estar quietinhos. E dediquem-se ao amor e ao croché.

Henrique Raposo | 15:43 |

 

Um espaço de liberdade

O Insurgente faz dois anos [e não um, é claro] e merece os parabéns. A Atlântico dedica-lhe esta canção que não tem letra nem música de Zeca Afonso:

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Paulo Pinto Mascarenhas | 15:41 | 1 comments

 

A política all star


O texto do Henrique Raposo tirou-me as palavras do teclado. A política all star é um bom resumo da triste e mesquinha realidade portuguesa. Vivemos numa pequena aldeia e os pequenos ódios pessoais transformam a política nacional em pequenos ajustes de contas do passado ou em vis demonstrações da mais pequena inveja. É esta triste e mesquinha realidade portuguesa que afasta muitos dos melhores da política activa. Não falo só, neste caso, de algumas reacções ao anúncio da intervenção de amanhã de Paulo Portas. Não falo aliás de Paulo Portas - porque me considero amigo dele e com ele já trabalhei em diversas ocasiões. Qualquer coisa que diga ou escreva será interpretado malevolamente - e aqui incluo os múltiplos escribas com agenda política própria que pululam nos jornais. Alguns deles deveriam olhar para os espelhos que têm lá em casa e lembrar-se do que disseram em anos passados, incluindo os convites que fizeram ou os favores que pediram. Independentemente das características pessoais, parece-me porém óbvio que a política nacional - e a área liberal e conservadora - não está em condições de dispensar protagonistas como Paulo Portas. Como não está em condições de dispensar personalidades como Alexandre Relvas, António Carrapatoso ou António Pires de Lima - só para dar três exemplos que julgo mais significativos. Independentemente das características pessoais, repito. Tudo o resto pertence ao domínio da política all star - e não me merece mais comentários.

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Paulo Pinto Mascarenhas | 14:22 | 4 comments

 

Porque convém estarmos atentos

Fusión Repsol-Gas Natural en marcha: Brufau y Caixa estudian salidas para ambas empresas


Paulo Pinto Mascarenhas | 14:06 | 0 comments

 

Os portugueses são, politicamente, umas crianças


Parece que em Portugal um político não pode mudar de ideias e de posições (Isto num país onde toda a gente troca de convicções consoante a dança do poder; isto num país onde maoistas do passado fazem agora carreira no mainstream e onde PCPs do passado são hoje BEs da moda). Em Portugal, um político não pode tocar na primeira impressão que causou. Isso causa curto-circuitos: “mas o gajo agora diz isto! Ah, a mim não me engana! A mim não me toma por parvo”. Churchill mudou de partido. Obviamente que os ingleses gritaram “a mim não me tomas por parvo, oh Winston”.

Há, entre nós, uma visão infantil da política. O político, a pessoa do político, tem de ser a consubstanciação pura e absoluta de uma ideia, senão não é apoiado. Ou seja, tem de haver um gajo que se chame o “João Liberalismo” ou um “Tiago conservadorismo”, caso contrário é uma besta e está a tentar enganar a malta. E a malta, como é esperta, não se deixa enganar.
Não espanta que a esquerda tenha esta visão referencial. Existe mesmo o “Jerónimo comunismo”. Jerónimo e Comunismo são a mesma coisa. Não se distinguem. Ora, já é de espantar que quem está à direita entre nesta visão religiosa do político.

A política faz-se com os homens que existem, não com aqueles que deviam existir. Depois, o político não deve ser a corporização de uma coerência teórica total. O político não é a ideia, mas a placa giratória de várias ideias, nem sempre sistemáticas, nem sempre concordantes, mas que, num dado momento, estão no mesmo lado. Mais: não se gosta ou desgosta de políticos. Não queremos os políticos para amigos, gurus ou educadores de infância. “Gostas daquele político?” é uma pergunta que só pode ser feita por quem é politicamente uma criança. O político ou é útil ou inútil. O político ou é necessário ou desnecessário. Não é nosso amigo. Muito menos é o espelho perfeito das nossas ideias. Deus nos livre de ter alguém no poder que seja a nossa ideia. Deus nos livre de ter na cadeira do poder alguém por quem nutrimos um gosto pessoal (a isso chama-se tribalismo). Que Portugal continue preso no “que achas do gajo?” ou “gostas do gajo?” não espanta. Só temos 30 anos disto. Politicamente, ainda calçamos all stars.


Henrique Raposo | 13:43 |

 

Ainda Afonso

José Afonso era um bom artista, não há dúvida. Mas o maior chama-se Jorge Palma e nunca precisou de coliseus cheios de tropa macaca e nutricionistas com bombas debaixo das saias.

Bernardo Pires de Lima | 12:16 |

 

Mais do mesmo

A crise italiana demonstrou três coisas essenciais:
1. Os problemas da política italiana vão bem para além da figura de Berlusconi.
2. A rua tem uma influência decisiva no comportamento dos políticos.
3. Alguma esquerda italiana – como mundial - sofre de um irritante histerismo anti-americano, porque não tem sentido nenhum de estado. Para ela, a política externa resume-se a orientações partidárias fruto de desencantos e estados de alma.
Uma tristeza.

Bernardo Pires de Lima | 11:17 |

 

OPEP do Etanol



A OPEP do Etanol.

Mais uma jogada de mestre da diplomacia americana. O mundo, meus caros, ao contrário do que dá a entender a TV, não começa nem acaba no Iraque e no Médio Oriente. É um bocadinho maior. Só um bocadinho. Depois do pacto histórico com a Índia, os EUA aproximam-se, como nunca, do Brasil. E os europeus andam a contar carneiros e aviões da CIA.

Henrique Raposo | 10:17 |

 

Parabéns aos Dedos

Os Dedos fazem hoje um ano e fomos lá roubar o cartaz de aniversário. Parabéns ao José Nunes (autor e primeiro subscritor da petição contra a TLEBS, que reuniu milhares de assinaturas e ajudou a acabar com a ridícula proposta de alguns iluminados do Ministério da Educação), que também está todos os meses na revista Atlântico. Com Os Dedos, é claro.

O cartaz é este:

1 ano de Dedos! 1º aniversário do Foram-se os anéis

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Paulo Pinto Mascarenhas | 02:56 | 0 comments

 

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

 

O regresso de scorsese está para breve


Ok, está feito. O Óscar foi entregue a Scorsese. A academia matou um dos seus mitos e Scorsese não ficará ao lado de Hitchcock ou Kubrick como exemplo da imbecilidade académica. Só que um Óscar vale o que vale. Sejamos realistas: o Óscar não oferece bilhetes para a eternidade, a não ser que você seja a Hillary Swank e aproveite a ocasião para dissertar sobre as dificuldades de vida de uma rapariguinha white trash.

Mas ninguém quer ser Hillary Swank. Nem você. Toda a gente quer ser Scorsese. Vejam o di Caprio a falar do mestre. Vejam como o lábio inferior treme. Como ele inventa, a cada entrevista, maneiras novas de dizer que o mestre é o melhor, que não há outro como o
mestre, que ele, di Caprio, está disposto a fazer filmes de merda desde que possa sentir o hálito sagrado do mestre.

Ok. Deram o caneco ao homem. Mas o que a malta quer mesmo é que Scorsese volte a fazer filmes. Agora, que acabou a maldição, um pedido ao Dom Scorsese: Volte a fazer filmes. Só quem não viu “Infernal Affairs” é que pode pensar que "Entre Inimigos" é bom. Não é. Não nos parâmetros de qualidade de Scorsese, que são os parâmetros que servem para avaliar os filmes de Scorsese. Se "Entre Inimigos" fosse um filme, por
exemplo, de Iñarritú, seria bom. Mas, sendo de Scorsese, é mau. É um filme preguiçoso. É uma simples transposição para um ambiente reconhecível (aos olhos do espectador ocidental) da trama original construída em Hong-Kong.

O que a malta gostava mesmo era de ver o regresso do velho Scorsese. Aquele que amava as personagens e as suas obsessões e que se marimbava para o guião clássico. Queremos o Scorsese da rua. "Entre Inimigos" já foi um regresso às ruas. Mas aquelas ruas estavam fora de validade. Em “Entre Inimigos”, Scorsese (tal como nos seus últimos filmes) quis trabalhar um enredo, um argumento; coisa que não encaixa com o seu génio.

O talento de Scorsese não pode ficar preso a um argumento XPTO, a um argumento que aprisiona as obsessões das personagens dentro de uma narrativa escorreita, sim senhora, mas que não é Scorsese. O artifício do argumento é coisa de Hitchcock. Hitchcock aprisionava as personagens no seu cinema totalmente artificial. O génio de Scorsese é de outra espécie. É o génio inverso: é o génio de deixar a personagem à solta, sem o artifício do argumento a aprisioná-la. Dos filmes de Scorsese diz-se que são "character driven" porque a narrativa obedece às personagens e não aos truques do argumento. As personagens não estão submetidas às necessidades da intriga, seguem apenas as suas pulsões, quase sempre auto-destrutivas e em busca, sem o saberem, da muito católica ideia de redenção.

É este Scorsese que agora pode regressar. O verdadeiro Scorsese parou em 1995. A estatueta foi para o falso. Mas obrigado na mesma. Scorsese segue dentro de momentos.


[Bruno Vieira Amaral e Henrique Raposo]

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Henrique Raposo | 23:56 |

 

Ennio Morricone


Só agora percebi que o Morricone ganhou o Oscar honorário ou coisa parecida. Finalmente.

Quem já trabalhou ou trabalha a meu lado sabe que tenho o ouvido viciado em Morricone... É isso mesmo: Morricone é um vício. Ouvimos a música nos filmes. Mas a dita sobrevive fora dos filmes. Oiço Morricone da mesma forma que oiço qualquer outro compositor. Não é o "gajo que faz bandas sonoras". É Ennio Morricone um dos grandes músicos do XX. Claro que os puristas já estão com comichão no rabiosque. Azar o deles.

Steiner, certa vez (em Lisboa?), disse que Shakespeare, se fosse vivo hoje, estaria a escrever para televisão. Os Ludwig do passado, se fossem vivos hoje, estariam a compor para o cinema. Como Morricone. O tipo que eu chamava de Marricone quando era puto, quando comecei a relação religiosa que tenho com Sergio Leone. A dupla Leone - Morricone é sagrada cá em casa. (Como é a Hitchcock - Herrmann, a Scorsese - Schoonmaker (a sua montadora), etc.; ainda está por fazer a avaliação decente das duplas técnicas; actor é gado). Uma dupla que foi, talvez, a última herdeira do grande cinema italiano, hoje morto.

Henrique Raposo | 23:36 |

 

Poesia Alternativa

Para (tentar) começar com um pouco da elevação a que os leitores deste belogue estão habituados e que eu provavelmente irei arruinar num curto espaço de tempo, nada melhor do que começar com poesia.

Apito Dourado

Encontrei um apito dourado
que estava a chorar,
pedi-lhe um bocado
para o analisar.

Recolhi o apito dourado
com todo o cuidado
com um magistrado
bem instrumentalizado.

Olhei-o de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de coisa
pouco transparente.

Mandei vir a fruta,
o café e o leite,
e as drogas usadas
no calor da noite.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

homens vestidos de negro,
vestígios de corrupção.
Dinheiro (quase tudo)
E ninguém na prisão.

Arcebispo de Cantuária

(Lágrima de Preta – António Gedeão)

Arcebispo de Cantuaria | 23:00 | 0 comments

 

Mais uma grande iniciativa Atlântico/31 da Armada: um jantar seguido de festa

Jantar.Atlântico

Jantar Revista Atlântico/31 da Armada. Algures em Janeiro. O fotógrafo, tipicamente bairro-altense, é Alexandre M. Carvalho.

Paulo Pinto Mascarenhas | 22:43 | 2 comments

 

Sua Eminência estará brevemente entre nós

Hoje é dia de festa para o blogue da Atlântico. Depois da contratação milionária de Pedro Boucherie Mendes, segue-se a de Sua Eminência o Arcebispo de Cantuária, também conhecido por João Moreira de Sá. O colunista e crítico de cinema da versão impressa da revista, Alexandre Borges (31 da Armada, O Boato e Noite Americana), também vai para a lista ali ao lado, à espera do regresso prometido.

Paulo Pinto Mascarenhas | 19:48 | 0 comments

 

QUARTA-FEIRA NAS BANCAS

AVISO. NESTA REVISTA PODE LER:



PS: JOÃO PEREIRA COUTINHO fez gazeta e foi a Espanha em digressão. Volta no próximo.


Paulo Pinto Mascarenhas | 19:29 | 1 comments

 

1989

Há três momentos marcantes no regime democrático português: as primeiras eleições (1975), a sobreposição do poder político ao poder militar (1982) e a revisão constitucional de 1989, com a reversibilidade das nacionalizações.
Tal como no Leste europeu, 1989 marca uma nova etapa para Portugal. Em dezoito anos seria difícil fazer mais. Mas podia ter-se feito bem melhor.

Bernardo Pires de Lima | 12:59 |

 

Ser Político

Convém não confundir o que é ser Político. Há uma diferença enorme entre o funcionário do partido e quem, de facto, pensa e faz política.

Bernardo Pires de Lima | 12:53 |

 

Os intelectuais do regime

Cem por cento de acordo com o que escreveu João Miguel Tavares na crónica de sábado no "DN" (aqui citado pelo Henrique Raposo). Mas o problema de falta de agressividade - ou, melhor, da ausência de cultura de contra-poder - não é exclusivo do actual jornalismo português. É um problema que se alarga às elites intelectuais dominantes. Um problema, repito, que se evidencia também nos blogues nacionais. Poderá parecer que embirrro com os Gato Fedorento - mas os quatro cómicos são bem o paradigma dessa nova intelectualidade portuguesa: 99,9% por cento das piadas e das críticas políticas que fazem são dirigidas às oposições de centro-direita e aos seus putativos protagonistas - e nunca, ou quase nunca, ao verdadeiro poder político em Portugal, neste caso ao governo do PS. Ao contrário do que acontece nos EUA ou na Grã-Bretanha, por exemplo, em que a vigilância dos intelectuais se dirige em primeiro lugar ao poder estabelecido, em Portugal criou-se o hábito de apenas bater em quem está na oposição ou na mó de baixo. De se fazer contra-poder em relação a quem está na oposição. Esta não é uma crítica, mas uma constatação de facto.

Paulo Pinto Mascarenhas | 12:10 | 7 comments

 

Algumas sobre jornais (VIII)

Maria das Dores reformou-se na EDP há uns anos. Aos 49 anos, decidiu abrir um quiosque. E conseguiu comprar um a bom preço (com a indemnização da EDP) em Armação de Pera, mesmo na zona antiga da vila.
Ninguém lhe dito, mas Dores percebeu depressa que o Verão era um inferno. Não bastavam os ingleses, os alemães e (desde há um ou dois anos) os russos sempre a perguntar pelos jornais, postais e cartões telefónicos e ainda vinham os portugueses à procura de jornais.

Com Junho a entrar por Julho, Dores já estava estoirada. Um dia começou a dizer aos seus compatriotas que os jornais já tinham esgotado. Estes viravam costas e iam embora.

Os maços da Distribuidora estavam intactos por detrás daquela porta, mas Dores lucrava muito mais a vender artesanato aos estrangeiros; bem como volumes de cigarros e brinquedos (comprados aos chineses) ao putos loiros e barulhentos.

Nem sempre havia disponibilidade para conferir guias dos jornais nacionais. Mais valia devolver tudo como estava.

Dores não "esgotava" os jornais nacionais todos os dias. Os desportivos por exemplo, convinha ter à venda. Os maridos-de-chinelos sempre levavam a Caras para a mulher e compravam tabaco. O Correio da Manhã também, porque a malta do Algarve mantinha-se fiel o ano todo.

Nos dias em Dores "esgotava" os jornais, tinha o prazer extra de ver a desilusão na cara daqueles seus patrícios que vinham apenas ler as gordas, sem intenção de comprar jornal algum.

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PBM | 11:52 | 0 comments

 

Twilight Zone

No outro dia acordei e o desemprego tinha aumentado.

No dia seguinte, acordei e o desemprego tinha diminuído.

Na 6ª acordei e as (novas) férias judiciais tinham resultado num decréscimo de produtividade.

Hoje acordei e as (novas) férias judiciais tinham resultado num aumento de mais de 50% na produtividade.

Vou passar a acordar só dia sim dia não!

[João Moreira de Sá]
Arcebispo de Cantuária
para o blogue da revista Atlântico



Paulo Pinto Mascarenhas | 11:43 | 1 comments

 

2ª lei da política em Portugal

Criticar sempre os políticos e os partidos. X deve tudo a um partido, mas X tem de criticar os partidos, para dar a entender que é uma voz independente, mesmo quando é totalmente dependente. E quando alguém de fora, independente e sem fome de poder, apoia um político é porque quer tacho. As vozes mais condicionadas, que se encontram no púlpito, as que se encontram ao serviço de partidos, acusam os outros de estarem condicionados, de não serem independentes e genuínos. Só neste país. Só neste país ainda preso no PREC.

Isto num num país onde a maioria das pessoas que escreve nos jornais tem filiação partidária. Isto num país onde as pessoas escrevem nos jornais e vão às quadraturas televisivas porque (e só porque) pertencem a partidos. Mas depois, nesses fóruns, há que fingir independência e criticar sempre os partidos. Comer e cuspir na sopa ao mesmo tempo. Uma feira de máscaras, a política e o debate político em Portugal.

Henrique Raposo | 11:41 |

 

Perguntar não ofende

Se calhar o Fontão de Carvalho só não se demitiu porque ninguém lhe perguntou.

[João Moreira de Sá]
Arcebispo de Cantuária
para o blogue da revista Atlântico

Paulo Pinto Mascarenhas | 11:37 | 0 comments

 

Tiago Dores

A minha vizinha está muito chateada com o Tiago Dores. Explico. Ontem, Tiago Dores fez um dos melhores momentos de TV de que tenho memória, gozando com um programa dos anos 80, que contava com a presença daquela senhora dos Da Vinci. Oh tempo, não voltes para trás.

A sequência trágico-cómica: ver Tiago Dores, ter um ataque de riso, fechar os olhos, escorregar e cai pelas escadas abaixo. Resultado: um olho à Belém, um entorse no joelho, muitas nódoas negras e uma ferida aberta no sobrolho. Não tendo nada para me remendar, fui obrigado a cometer o pior dos pecados: acordar a minha vizinha (que já dormia o 5ª sono; é daquelas que, não contente com o ir para a cama com as galinhas, acorda o galo de manhã): "não tem aí álcool vizinha?.... Ah.... não, do etílico, o das feridas!". Pois é, a minha vizinha ficou fula. Mas eu ainda me estou a rir, apesar dos estragos. Enfim, 'tóbem (do verbo 'tarbem).

Henrique Raposo | 11:12 |

 

1ª lei da política em Portugal

Se um esquerdista apoia um político de esquerda, é um idealista a defender o melhor para o país.
Se um gajo à direita apoia um político de direita é porque quer poleiro e poder.

Neste país, um tipo de esquerda pode expressar todas as suas convicções, mesmo a defesa de um político concreto; será sempre aplaudido e apelido de homem de convicções fortes. O mesma leitura não é feita quando falamos de um tipo de direita; este, quando apoia alguém em concreto, é porque quer tacho aqui e agora. O gajo de direita, quando apoia alguém, é porque quer um favor directo. O gajo de direita não tem convicções. É só um interesseiro. Se defende o Bush é porque recebe dinheiro dos americanos. Se defende o Portas é porque quer trabalhar com ele. Se defende o Howard é porque anda a comer australianas. Mesmo quando defende um tipo de esquerda, Blair ou Obama, é um interesseiro.

A Lisa Germano tem uma música que não consigo parar de ouvir: Red Thread. Ela, de forma doce, como se estivesse a dizer I love you, canta

go to hell,
fuck you
.

Mas percebam: tudo muito doce. Como uma massagem de pés.

Henrique Raposo | 09:46 |

 

Roteiro Atlântico no Blogue [26 de Fevereiro - 04 Março]

SEMINÁRIOS ISCTE . 28 de Fevereiro [18h00] – Representações do papel de Estado, do Mercado e do sector não-lucrativo na vida económica
Com João Freire

Local: ISCTE
Av. das Forças Armadas Lisboa
Organização:
ISCTE
e-mail: iscte@iscte.pt



IV NOVAS PATOLOGIAS SOCIAIS

. 01 de Março [15h00] – Stress e Obesidade

Com George Chrousos e Filipe Casanueva

Local: Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna nº45 A Lisboa

Organização:
Fundação Calouste Gulbenkian
e-mail: forum.saude@gulbenkian.pt



SEMINÁRIOS FEP

. 02 de Março [18h30] – El impacto de las diferencias culturales en las relaciones internacionales: España y Portugal, dos grandes desconocidos
Com Begoña Jamardo Suárez

Local: Fac. Economia – Univ. Porto

Rua Dr. Roberto Frias Porto
Organização:
FEP
e-mail: webmaster@fep.up.pt

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aL | 02:19 | 0 comments

 

Favoritos




Bruno Vieira Amaral | 00:15 | 1 comments

 

... and his most underrated: A Perfect World (1993)

O crítico Philip French diz que concorda em absoluto comigo.

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Bruno Vieira Amaral | 00:12 | 0 comments

 

Prognósticos: Eastwood 3 - Scorsese 0

e

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Bruno Vieira Amaral | 00:09 | 0 comments

 

domingo, fevereiro 25, 2007

 

a estupidez da paixão

Há estórias tristes. Um amigo de longa data caiu na asneira da paixão - ou do que pensava poder ser paixão. Aconselhou-se junto dos próximos, mas já ninguém leva a sério paixões. Desesperado, tentou sondar a vítima, o objecto do seu amor. A vítima foi simpática e acabou por dizer o que ele queria ouvir: não há muito a perder se tentar. Levado pela puerilidade do momento, assim fez. Mas quando a vítima percebeu quem era a causa daquela adoentada lucidez matou o assunto de forma abrupta.
O meu amigo diz-se mais tranquilo e até sorri da sua extemporânea loucura. Como já o conheço há mais anos do que gostaria, imagino que prefere enganar-se silenciosamente a reconhecer que a solidão da renúncia é sempre o melhor caminho.

vc | 21:57 | 0 comments

 

Coisas que aprendemos a ver televisão (60 Minutos)


Barack Obama ainda não é o candidato do Partido Democrata. É difícil que venha a sê-lo. É ainda mais difícil que venha a ser o sucessor de Bush. Porque é preto? Queriam! Não, porque é difícil. Ponto final. Se há coisa que agrada em Barack, para além de ser bem parecido e um excelente orador, é que não há ali vontade de capitalizar a negritude a seu favor. Wole Soyinka disse que "um tigre não grita a sua tigritude, ataca a presa e devora-a". Obama não está interessado em demagogia rácica e racista. Não é por acaso que alguns membros da comunidade negra defendem que Obama não é suficientemente negro (não é descendente de escravos; o pai era um emigrante queniano). Claro, falta-lhe qualquer coisa para poder puxar dos galões e fazer populismo. Quando o jornalista lhe pergunta o que pensa de as intenções de voto dos "afro-americanos" favorecerem Hillary Clinton, a resposta de Obama é de antologia. Ele diz que isso é normal e que quem não vê isso como normal é porque acha que os pretos são tão estúpidos que votariam no primeiro preto que lhes pusessem à frente (a ideia é esta, o exagero é meu). Obama é preto. Alguns membros da comunidade negra dedicam-se a distinções subtis mas eles, melhor do que ninguém, conhecem o peso da "farda". Para um branco, Obama é preto. Quantos wasp querem saber se a mãe de Obama é branca, o pai é preto, a avó é mulata, o avô é cabrito, a prima é esquimó? É preto. Obama não grita a sua negritude. Sabe que para chegar à Casa...Branca não lhe basta ser preto e cavalgar a sua negritude. Obama não tem de provar a ninguém que é preto. Tem é de provar a todos que é bom e que merece ser Presidente dos EUA.
p.s.: vamos lá ver uma coisa: qual é o problema de os EUA poderem ter um Presidente negro? Já tiveram um católico e sobreviveram. Não é que eu tenha alguma coisa contra os católicos; aliás, se eu tivesse amigos, tenho a certeza que alguns seriam católicos.

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Bruno Vieira Amaral | 21:13 | 0 comments

 

Se não leu, leia...

... a crónica de ontem do João Miguel Tavares. Sobre os jornais. É notável. E corajosa:

... A maneira mais difícil é admitir que a qualidade do que se imprime é, no mínimo, duvidosa. Porquê? Porque jornais e jornalistas funcionam em circuito fechado. Escrevem para as fontes e para os colegas, como se os leitores não fossem aqueles para os quais trabalham, mas aqueles que têm o dever moral de os ler. Porque são superficiais. Confundem a construção das notícias com o relato do que dizem as partes em confronto, recusando a análise e comprometendo um jornalismo adulto e sofisticado. Porque têm demasiados preconceitos. Deixam de lado dezenas de boas histórias, etiquetadas como "popularuchas", esquecendo que a grande distinção entre um jornal de referência e um popular não está na escolha das notícias mas no seu tratamento. Porque lhes falta agressividade. O jornalismo português não está a cumprir o seu dever de vigilância sobre os poderes - não irrita ninguém, não incomoda, é bem comportado, pouco curioso, insosso.



Henrique Raposo | 21:08 |

 

Locutor de Continuidade


Hoje, no canal 1, os diários de um assassino. Vai ser interessante ver como se transforma um assassino utópico (figura trágica) num jovem sonhador (figura superficial).

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Henrique Raposo | 20:51 |

 

Portas, II

Se quer mesmo regressar e fazer coisa que se veja, Portas tem de perceber uma coisa: o espírito crítico, o sabor a liberdade, o cheiro a qualquer coisa de novo (essencial em política democrática) só pode vir de uma ideia que podemos classificar de “direita liberal”. Uma ideia que só por uma vez teve aplicação prática em Portugal: Sá Carneiro. Portas tem de captar nova gente. Gente que se encontra dispersa porque não tem pachorra para as quadrilhas de mabecos. Os eleitores estão fartas das mesmas caras. Sendo Portas uma cara do costume, tem de aparecer com um novo discurso e com uma equipa nova.

Se for para regressar para fazer o costume, com as ideias do costume, com as caras do costume, com a praxis do costume, então, deixe-se estar quieto. Prefiro um bom cronista a um político sensaborão.

E se regressar, não se julgue o D. Sebastião. Não se julgue infalível. Aliás, deve rodear-se de gente com a capacidade de dizer "Não dr. Portas, Você está errado; não faça isso". E se regressar, não volte com a pressa de regressar ao governo (office). Prepare-se para o Poder. Estar no Office e estar no Poder são coisa parecidas e podem até ser coincidentes, mas não são bem a mesma coisa.


Henrique Raposo | 20:16 |

 

Kaiser Chiefs - É já amanhã

Acontecimento do dia 26 de Fevereiro: o novo de Kaiser Chiefs é posto à venda.


vc | 19:05 | 0 comments

 

Por falar em Liberal Conservador, um livro do caraças

Um livro de 2004 que merecia tradição. Já. Daniel J. Mahoney (a par de Mark Lilla, o melhor especialista americano no pensamento francês) escreve sobre o liberal conservador Bertrand de Jouvenel (1903-1987), um homem que, de alguma forma, foi ofuscado pelo maior mediatismo do seu amigo Raymond Aron. O subtítulo da obra diz muito: "the conservative liberal and the illusions of modernity".

O liberal-conservador defende a ideia de liberdade construída pelo iluminismo (o de Montesquieu; o de Hume; o de Hamilton). E isso distancia-o do reaccionário romântico que sonha com o tempo orgânico e medieval. Mas, ao mesmo tempo, este liberal céptico não aceita o racionalismo puro e recusa aquela modernidade mais acesa e determinista que rejeita qualquer forma de tradição. E isto distancia-o do progressista e, claro, do progressista cafeinado (vulgo: revolucionário). O liberal conservador é um defensor do Presente. Contra o Passado (mistificado) do reaccionário e contra o Futuro (que nunca chegará) do progressista. Contra a melancolia reaccionária. Contra o entusiasmo e as ilusões progressistas.

Não existe solução final para a insanável tensão da política. Não há qualquer solução final e dialéctica num qualquer Futuro desenhado no estirador utópico. Não voltaríamos a uma era sem conflito e de paz orgânica se recuássemos para o Passado idealizado pela nostalgia reaccionária. Reaccionários e Progressistas partilham a mesma ilusão: de que é possível encontrar uma solução permanente para as tensões e conflitos entre homens. Sonham com um Homem, com um fim de história. E, por isso, desprezam a liberdade dos homens.

Por estas (e por muitas outras) razões, o liberal conservador é o maior defensor da democracia constitucional, o único espaço político que respeita a biodiversidade da espécie.

Henrique Raposo | 18:49 |

 

Cecilia

Bartoli. Ajuda nestes dias de cinza.


vc | 18:25 | 1 comments

 

Portas

Há dias, escrevi aqui que um hipotético líder liberal-conservador em Portugal tem de atacar o regime. A todos os níveis: no sistema político, na justiça, na economia, na cultura, na educação. Mas deve fazê-lo com critério, sem cair na tentação do populismo. Hoje, VPV escreve uma coisa no mesmo sentido: «se o futuro CDS de Portas for subversivo sem ser populista, talvez nos tire um dia desta vil tristeza».

A subversão, o espírito crítico, o sabor a liberdade só podem vir da direita. Aqui e agora, em 2007 e em Portugal, a direita liberal significa ousadia, golpe de asa, irreverência; uma irreverência que não existe em mais lado nenhum. Nós, liberais conservadores, somos os únicos desempoeirados num país ainda coberto pelo ácaros do século XX.

Se Paulo Portas conseguir conciliar uma agenda liberal sensata (não queira, por favor, privatizar os rios) com a tradicional e necessária perspectiva céptica/conservadora (subversivo, mas com sentido de estado; liberal, mas conservador; aliás, liberal porque conservador), então, teremos homem. E um homem histórico. Com um pulo de 25 anos, teríamos alguém a pegar no estandarte de Sá Caneiro, esse legado estranhamente esquecido. A Excalibur is there for the taking.

Se Portas não tiver esta ousadia, se Portas regressar para ser mais um no joguinho do consenso (todos os 5 partidos concordam no essencial), se Portas regressar para uma mera continuação, então, mais vale ficar quieto e continuar a escrever belas crónicas para o meu sábado de manhã.

Mas regresse. E regresse para ser aquilo que sempre foi: um liberal conservador. Traga para a política o espírito livre que revela quando escreve. Regresse e assuma aquilo que é: um liberal conservador, descendente da maior escola política da Europa continental. Que escola? Se MEC representa o UK, Portas representa o melhor da França: o liberalismo conservador de Aron, Tocqueville ou Montesquieu. E que jeito dá! Aron bloqueia o populismo reaccionário e moralista. Mas Aron também bloqueia o populismo pedante dos liberais power point que reduzem a realidade a números e uma linha gráfica. Será sempre um liberal traidor para os reaccionários. Será sempre um reaccionário para os iluminados anarco-capitalistas. Ainda bem. Se irritar reaças e liberalóides estará no caminho certo.

Regresse. Regresse liberal. Regresse liberal porque conservador. E sabe que mais? Não tem nada a perder. E tudo a ganhar.

Henrique Raposo | 16:41 |

 

A aliança: a esquerda reaccionária e o Islamismo

Our Stop the War coalition is an alliance of the white far left and the Islamist far right, and George Galloway, its leader, and the first allegedly "far left" member to be elected to the British Parliament in 50 years, is an admirer of Saddam Hussein and Hezbollah.

...

I hope conservative American readers come to Britain. But if you do, expect to find an upside-down world. People who call themselves liberals or leftists will argue with you, and when they have finished you may experience the strange realization that they have become far more reactionary than you have ever been.


Nick Cohen

Henrique Raposo | 14:09 |

 

Este ano é fácil:


esta coisa não pode ganhar. Tudo o resto é secundário. O que interessa é que esta aldrabice não pode ganhar.

Henrique Raposo | 13:53 |

 

Heroína


A minha heroína. Ontem, no Rádio Clube, Fernanda Freitas disse que não tem televisão em casa há 3 anos. É, obviamente, a minha heroína da semana. Acompanhem a Fernanda neste ludismo.

Lanço daqui um apelo às rádios e jornais: tirem as televisões das redacções.

Henrique Raposo | 12:53 |

 

Oásis


Entre as trapalhadas que se têm visto na CML, há uma excepção que merece. Marina Ferreira é o único vereador da autarquia que mostra trabalhar bem. As mudanças no trânsito (radares, Emel, tempo de passagem dos peões nas passadeiras) são as únicas coisas boas que o executivo tem para mostrar.Talvez a salvação do PSD em Lisboa passe por Marina. Pelos outros, está visto, não passa nada. Nem um pingo de bom senso.

vc | 09:18 | 2 comments

 

sábado, fevereiro 24, 2007

 

Enquanto foice...- mais um Saraiva no Vaticano


Porra! Comecemos este texto com um sonoro e libertador porra! Agora que já estamos a respirar melhor confesso que adoro os Sábados de manhã. Compro o Sol (as possibilidades poéticas deste nome quase que me fazem chorar) e leio com a testa franzida as entrevistas a presidiários. Já aprendi uma coisa: se querem que os portugueses leiam mais, mandem-nos para a prisão. Os reclusos portugueses, quando não estão a brincar à sodomia, entretêm-se a ler e a tirar cursos de Direito. Os mais incultos planeiam fugas.

Cada coisa a seu tempo. Eu pensava que havia um preconceito contra José António Saraiva. Ao ler as suas crónicas com atenção descobri que o director do Sol dá bom nome ao preconceito. A semana passada, Saraiva contava-nos, num estilo confessional, quase mexiesco, como foi burlado. Esta semana oferece-nos uma reflexão mais erudita e muito mais engraçada. Sob o tema “Ciência, violência e fé (título ao qual falta um subtítulo deste quilate: “a civilização enquanto foice”) Saraiva discorre sobre a relação entre religião e violência. Não é o primeiro a fazê-lo mas duvido que alguém antes dele o tenha feito com esta, como direi?, inteligência. Isto merece ser analisado frase a frase mas não tenho tempo. Os exegetas do futuro dividirão esta crónica em versículos e talvez então se possa alcançar a verdadeira dimensão de um texto que eu, desde as dez da manhã, já considero canónico.

“Ratzinger é um intelectual. Um homem excepcionalmente culto e com um pensamento acutilante, aliás bem expresso no olhar”. Primeiro comentário: ao olhar para a fotografia de Saraiva, no cimo da página, pensei o mesmo sobre ele. Depois, comecei a ler o texto e mudei de opinião.
“Os intelectuais (…) enganam-se como toda a gente. (…) Significa isto que, entre um intelectual e um homem da rua, nunca é certo o lugar onde está a razão.” Pode até acontecer que esteja na redacção do Sol a beber um cafezinho com Saraiva.
“É óbvio que o Papa estudou infinitamente mais do que nós os assuntos de que falou. Mas isso não implica que tenha necessariamente razão.”
Primo: Saraiva que fale por ele.
Secundus: De facto, a piada destas coisas do conhecimento é que a lógica é semelhante à do euromilhões. 1ª Regra de Saraiva: estudar muito ou pouco é indiferente; qualquer um pode ter razão.
“Todos sabemos, também, como a influência da Igreja diminui onde a civilização avança. As zonas urbanas, com maior acesso aos meios de informação, são aquelas onde a Igreja penetra pior.” Recuso-me a fazer uma graçola com a imagem da Igreja a penetrar as zonas urbanas. Tenho, no entanto, de condensar o pensamento de Saraiva na seguinte equação: (In + A5) * haSoc = (- f)/ R - In –Internet; A5 (auto-estradas em geral); haSoc (habitações sociais); f (fiéis); R (Religiões). Saraiva não se importaria de justificar isto mas acha que não é necessário dar exemplos. Cito Vergílio Ferreira: “Ninguém com o 5º ano vai a Fátima de joelhos” – era isto que Saraiva queria dizer mas com muito menos sentido de humor.
“Claro que isto não significa que todos os crentes sejam ignorantes ou avessos ao conhecimento. Nada disso. Há grandes vultos da ciência em todas as religiões.” A expressão “Nada disso” é muito, muito boa. Eu acrescentaria que há crentes que, se estudassem menos, conseguiriam ser quase tão inteligentes como Saraiva ou, pelo menos, ter tanta razão.
“Em muitas épocas, em muitas áreas do mundo, a religião era a única via para as almas se salvarem.” Felizmente, agora há a Via Verde e os sites de pornografia grátis.
“Os homens-bomba, que se fazem explodir sem pestanejar (…)” Como é que ele sabe isto?
“(…) os conflitos religiosos têm um enorme potencial de violência.” Nós, aqui em Portugal, estamos mais habituados aos conflitos com um potencial de violência fraquinho.

Meus amigos, Ratzinger tem todas as razões para estar preocupado. Saraiva não é homem para se contentar com o Prémio Nobel da Literatura; não lhe basta estudar pouco e ter razão; Saraiva quer ser Papa e já está em campanha.

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Bruno Vieira Amaral | 16:27 | 0 comments

 

Cuidado: O texto que se segue pode conter informações "sensíveis"

É pena. Caso não houvesse censura na Madeira e este blog chegasse na íntegra ao arquipélago, Alberto João Jardim teria uma tarefa bem difícil pela frente. Imaginem lá que o comum madeirense lia este post do Pedro Marques Lopes. Imaginem o choque ao descobrir a quantidade de coisas que lhe passa ao lado na ilha onde vive...

Aparentemente, para um Madeirense ficar bem informado sobre o que ocorre na sua ilha, não pode obviamente, olhar para os jornais do regime, mas sim para a imprensa lisboeta. Aí aparece apenas a verdade. Que o jornal regional que mais irrita Alberto João Jardim, seja campeão de vendas, deve ser apenas um truque perpetrado pelo executivo.

Mas agora está na moda é a questão da independência da Madeira. Não meu caro, paradoxalmente não se trata da FLAMA, mas sim de uma frente Lisboeta. A seriedade com que algumas pessoas defendem a ideia, é algo que me supreende. Isto é que é deve ser uma democracia madura, que não aguenta uma opinião contrária à opinião vigente na capital.

E por último lugar. Querem saber porque razão os madeirenses votam em Alberto João Jardim há quase 30 anos? Não procurem respostas em meia-dúzia de comentadores que apenas visitaram a Madeira há 20 anos. Falem com uma pessoa de lá. Pergunte se ele se sente satisfeito com a maneira que AJJ governa. Pergunte e diga-me qualquer coisa.

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Bruno Gouveia Gonçalves | 15:44 | 1 comments

 

7 Razões para a superioridade da Igreja Católica

  1. Os Católicos não celebram missas em qualquer cave de prédio nos subúrbios. A Igreja Católica não mistura adoração a Deus com má arquitectura;
  2. Uma freira pode comprar roupa de trabalho numa sex-shop;
  3. Santo Agostinho no Livro VIII (o da Conversão) de As Confissões: “A César o que é de César, a Deus o que é de Deus e o resto pode ser passado em cheque à ordem de ICAR, SA”;
  4. Confessionário: desculpem-me todos os crentes de outros astrolábios religiosos mas uma Religião com um sacramento destes merece mais respeito. Se a culpa é uma invenção judaica, o negócio de chutá-la para canto foi patenteado pelos católicos;
  5. Para garantir a sua sobrevivência a Igreja Católica sempre soube identificar as ameaças. E queimá-las;
  6. Santinhos: intermediários entre os fiéis e Deus Nosso Senhor estão para a Igreja Católica como os Ewoks estão para a Guerra das Estrelas. A Igreja não precisa de lições de merchandising.
  7. Baptismo de criancinhas: imagine lá uma versão protestante de “O Padrinho”!

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Bruno Vieira Amaral | 14:52 | 10 comments

 

Esta é para vocês, nostálgicos precoces!


Bruno Vieira Amaral | 09:53 | 1 comments

 

É isto que queremos ?

O Alberto João é o exemplo acabado de uma ideia de político que tem arruinado Portugal ao longo dos tempos: mantém-se a economia nas mãos do Estado para controlar os cidadãos, vende-se uma imagem de seriedade e probidade enquanto os amigos políticos e empresários amigos constroem fortunas assombrosas, comem-se umas sardinhas com o povo e calçam-se umas botas de elástico para fingir que se está próximo destes, insultam-se jornais e jornalistas e subsidiam-se jornais “amigos”, insultam-se adversários políticos e prometem-se “bengaladas” para demonstrar “coragem”.
Haja decência.

Pedro Marques Lopes | 09:47 | 2 comments

 

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

 

Descubra as outras diferenças



O e a Anita.

Paulo Pinto Mascarenhas | 23:53 | 2 comments

 

Mexia


O Estado Civil com a dignidade, merecida, da lombada.

Henrique Raposo | 23:20 |

 

Alberto João, III

Ainda antes de começar a dizer mal.


Como diz hoje Vasco Pulido Valente, esta jogada de Jardim não nasce de um mero jogo de poder. Jardim perdeu mesmo o respeito (e acho muito bem) por Lisboa e prepare-se para uma jogada histórica: renegociar os termos da autonomia (aliás, uma constante por essa Europa fora), no sentido de ter mais liberdade. Não é táctica; é um terramoto. E ainda bem. Lisboa precisa de ser atacada. Uma das vias de entrada do tal liberalismo em Portugal é esta: as regiões têm de ter mais poder; tem de haver mais descentralização. Que Alberto João seja o início de qualquer coisa nesse sentido.

Depois, há que admirar a coragem do homem: diz o que pensa num país em que os políticos medem tudo o que dizem, com medo de desagradar a quadratura do círculo.

Depois, Alberto João não enriqueceu. Não usou a política para ficar mais rico. Coisa também, digamos, rara. Comparar João com Valentim é populismo para bem-pensantes.


Henrique Raposo | 22:55 |

 

Rui "monólogo" Tavares

Ligo a TV, procuro um programa de debate a três. Oiço um monólogo.

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Henrique Raposo | 22:18 |

 

Cedric Stuart McKenna: actor, republicano e activista gay


McKenna é o terceiro ao centro


Tem 83 anos. Mantém aquele olhar que fez dele o actor que a miudagem adorava em filmes como “O incorrigível celerado”, “Divertimentos debaixo de uma segurança social” e “Silogismos mornos: regresso a Antioquia”. Cedric Stuart Mckenna recebe-nos em sua casa em roupão. “Olá, acabei de alimentar o Chavez, o meu pit bull”. Depois, repete a frase que o tornou famoso: “You chose the wrong ass to play with, sir” com o seu piscar de olho característico. Por baixo do rímel, continua a ser um machão.


A casa, desenhada por Frank Loyd Wright nos anos 30, é motivo de orgulho para o lendário Reverendo McIntire da série “Pagarás o dobro”. “Bons tempos. Naquela altura, as pessoas viam-me na rua e pediam-me ajuda, conselhos, drogas. Eu dizia-lhes sempre: “A vida é dura para os oftalmologistas sem coração”. Não podemos deixar de sorrir ao ouvir a frase com que o Reverendo terminava todos os episódios e que de acordo com o autor, Evan Hunter, não queria dizer nada. “Escrevi-a para ver o McKenna a fazer figura de parvo”, foram as últimas palavras de Hunter.
Entramos na sala. Ao centro uma fantástica mesa de mogno chinês decorada com fruta de plástico da I Dinastia Ming. “Querida, as bananas são Ming ou Chi-Huang?” “Stu, não existe nenhuma dinastia Chi-Huang.” Parece que é uma espécie de partida que McKenna gosta de pregar aos convidados. “Estava quase a acreditar, ein? Ein ou hem? Ah, ah! Bolas! Ah, Ah ou ih, ih? Filho, o grande problema é que quando envelhecemos todas as maneiras de rir são igualmente ridículas.” Di-lo com o tom de Marco António da versão televisiva da peça de Shakespeare “Júlio César”. “O Mankiewicz não gostava de mim. Escolheu o Brando. Um gajo fraquito. Sempre detestei o Método. Uma vez até apareci num talk-show com uma camisa que dizia “Lee Strasberg cheira mal dos pés”, o que por acaso até era mentira”. Um conversador de primeira.


Observo a tapeçaria na parede. Parecem divindades gregas. “Juno?”, pergunto eu. “Sim e ao lado dela Fred Flinstone de cabeça para baixo”. Um fartote. Procuro desviar o assunto para aquilo que me interessa. “Vai perguntar-me sobre a história do activismo gay? Não se envergonhe; é isso que toda a gente quer saber. Isso, se eu fui para a cama com Rock Hudson e qual o maior lago de água doce do mundo.”


Nos anos 70, McKenna atravessou uma fase complicada. Irascível no plateau, foi acusado de esbofetear um ganso durante as filmagens de Nils Holgerson. Os espectadores também já estavam cansados do Reverendo (a série, no entanto, continua a ser um sucesso em França; em 1992, McKenna foi agraciado com a Legião de Honra por Mitterrand. “La vie est dure pour les ophtalomologues sans coeur”, disse um emocionado presidente gaulês na cerimónia). McKenna deixou a mulher, experimentou drogas e, no auge do desespero, filiou-se no Partido Republicano. É por essa altura que McKenna aparece pela primeira vez em manifestações pelos direitos dos homossexuais. As palavras de ordem “Gay is good”, “Gay power” foram substituídas por outras mais provocadoras “We need causes”, “Fight for the right to fight for rights”. “Bem, sabe, eu sempre me preocupei muito com essa gente. George Cukor disse-me um dia que uma pessoa não escolhe aquilo que é. Certo, disse-lhe eu, afastando a mão dele da minha perna, mas nenhum homem é obrigado a dar beijinhos a outro”.


Pergunto-lhe se ainda considera Richard Dean Anderson o maior actor do mundo. Responde-me com um sorriso e tenta agredir-me com uma estatueta hindu. C. S. McKenna pode não ter a mesma pontaria mas será sempre o “transeunte abespinhado”.

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Bruno Vieira Amaral | 22:13 | 0 comments

 

A Polis que Sócrates queria mas nunca teve coragem de fazer


Sobre o «mar que engole»: não sendo especialista em clima ou oceanos (limito-me a perceber alguma coisa de praias), recorri a voz informada que me diz que este fenómeno nada tem a ver com verdades inconvenientes. Sim, ao que parece, marés vivas sempre houve; como têm existido algumas intervenções correctoras em portos de pesca e comerciais que alteram o sabor das ondas noutras paragens. De resto, e no que diz respeito à Caparica, o mar vai desfazendo o que de mal foi feito. Podia ser pior.

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vc | 22:11 | 0 comments

 

Alberto João, II

É feio, porco e mau? Ainda bem. Os políticos não são anúncios de dentífrico. Alberto João é a negação da política de plástico de hoje. Não governa para as assépticas sensibilidades televisivas, não governa para os jornalistas e intelectuais. Faz o que lhe compete: defende os interesses da sua região.

Em todos os países mais ricos, existem albertos joãos que combatem o poder central (Canadá, EUA, Alemanha, etc). O que faz falta a Portugal é mais albertos joãos. Este tipo não governa para a quadratura do círculo. Governa para aqueles que representa. Alberto João é dos poucos políticos portugueses que realmente faz justiça à ideia de democracia representativa. Quem é eleito pelo círculo de Castelo Branco, por exemplo, quer lá saber das gentes de Castelo Branco; fica às ordens do partido em Lisboa.

Lisboa tem de perder poder. Lisboa tem de dar mais poder e autonomia às diversas regiões. Não sei que modelo deve ser implementado. Mas sei de uma coisa, uma coisa que é uma realidade em todos os países mais prósperos do mundo: a descentralização é essencial. A política é local. Um exemplo: a localização das urgências não pode ser decidida por um critério técnico em Lisboa; tem de ser decidida por critério político em cada região (sendo que deve ser paga também localmente). É digno do velho pacto de Varsóvia ver o actual ministro da Saúde decidir, a partir de Lisboa, as urgências a 400 km de distância. Como é ridículo ver, a cada Setembro, o computador do ministério da educação a decidir os professores de Valença ou de Lagos. Patético.
O regime reage tão mal a Alberto João porque ele, o demónio carnavalesco, põe em causa uma série de vícios do regime: centralismo excessivo de Lisboa e, já agora, a ausência efectiva de representatividade na lei eleitoral.

Henrique Raposo | 21:50 |

 

Frase da semana



«Paul Verhoeven entrou na indústria americana com o interessantíssimo "Robocop

Mário Jorge Torres, ípsilon

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Henrique Raposo | 21:03 |

 

Génios

Zeca Afonso foi um génio.
Eisenstein foi um génio.
Garcia Marquez (apesar de estar fora de moda) é um génio.
Mike Leigh é um génio.
etc.
etc.
etc.

Arte e Política são duas rameiras que não se misturam. A esquerda nunca vai perceber isto. Azar o deles. Para a esquerda, Zeca Afonso só é bom porque era de esquerda. Não percebem que Zeca Afonso era bom porque era bom. Com ou sem esquerdismo pateta na cabeça.

PS: não, Saramago não é um génio.

Henrique Raposo | 20:19 |

 

Autarcas especialistas no aquecimento global

O mar engole a Costa da Caparica. Culpados? Os capitalistas americanos, chineses e indianos; esses pulhas que andam a fazer o aquecimento global. Claro. A culpa, claro, nunca poderia ser das autarquias que, sabe-se lá porquê, permitem a construção a um milímetro e meio da linha de água. Seria uma desonestidade da minha parte afirmar semelhante coisa.

Quando aqueles prédios algarvios construídos em cima do mar caírem por acção do mar, a culpa continuará a ser do aquecimento global e nunca dos políticos que autorizaram, sabe-se lá porquê, aquelas Amadoras empoleiradas no melhor mar algarvio.

O aquecimento global dá mesmo muito jeito. Os autarcas portugueses, que destruíram a nossa costa (com o beneplácito de PS e PSD), vão ser especialistas no aquecimento global. De charuto na boca e de cachucho no dedo, vão dizer "a culpa é dos amaricanos, pá".

Henrique Raposo | 20:07 |

 

Inferno

Itália é o inferno na terra: tem 9 [nove; IX] blocos de esquerda.

Henrique Raposo | 19:57 |

 

Dedicado à Atlântico por Sua Excelência, o Arcebispo de Cantuária

Poesia em Bloco

“A Câmara Municipal de Lisboa é tão corrupta
como a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

Mas a Câmara Municipal de Lisboa é mais corrupta
que a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos

Porque a Câmara Municipal de Lisboa
não é a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos”

Arcebispo de Cantuária
(João Moreira de Sá)


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Paulo Pinto Mascarenhas | 19:55 | 1 comments

 

Henrique Raposo no RÁDIO CLUBE

A não perder: Henrique Raposo estará sábado no Rádio Clube (104.3 FM, em Lisboa). Entre as 10 da manhã e as 13 da tarde. Espera-se um show de rádio, é claro.

PS. Agora mesmo pode ouvir na Rádio Europa (90.4 FM), a última meia-hora do "Descubra as Diferenças". Comigo e Antonieta Lopes da Costa, estão Rodrigo Moita de Deus e Pedro Marques Lopes. O programa repete domingo às 11h e, de novo, às 19h00.

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Paulo Pinto Mascarenhas | 19:26 | 2 comments

 

Alexandre Borges na Ípsilon do "Público"

"O eu dele estava irritado quando escreveu sobre 'Babel' - para a revista Atlântico, onde faz crítica há um ano. Para Alexandre Borges, é 'desonesto dar zero ou uma estrela' a um filme que tem 'três grandes cenas' por mais fracassos que lhe encontre ('há realmente muitos fracassos no filme'). Se não tivesse lido outras críticas antes, admite, 'se calhar tinha escrito outra coisa, mais desiludida' com o filme".

O crítico de cinema da Atlântico, Alexandre Borges, é um dos poucos - com Pedro Mexia e João Lopes - que são ouvidos nesta reportagem da ípsilon do "Público" de hoje (Daniel Oliveira também é ouvido, mas pela sua identificação política com o filme). Uma vez sem exemplo deixo aqui a crítica de AB a Babel, ainda desta edição que só sai das bancas na próxima quarta-feira (com dois extras de Ricardo Gross).

AB.23AB+RG.23

Para ler, ver no Flickr, a primeira e a segunda.

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Paulo Pinto Mascarenhas | 19:03 | 2 comments

 

Simplex e House

Conheço uma senhora, boa senhora, mãe de família, que devia pouco mais de mil euros à Segurança Social. Foi aos respectivos serviços para pagar. Não pôde pagar parte (aquela que já ultrapassa um ano) porque é preciso fazer um pedido por escrito que tem de ser deferido pelo «chefe». O Estado dá-se a devaneios. Exige requerimentos para que se cumpram obrigações. O «chefe» agradece o encómio. Sem requerimentos para deferir não haveria necessidade do dito. O polvo burocrático alimenta-se da paciência do cidadão. Talvez uma banda gástrica resolva o problema. E um Dr. House.

vc | 17:35 | 1 comments

 

Alberto João, I

1. É irritante esta unanimidade contra Alberto João. E, como dizia o Nelson Rodrigues, a unanimidade é burra. O homem deve ser criticado, mas de forma criteriosa. Como qualquer outro político. Mas, em Lisboa, Alberto João é do demónio atlântico que quer comer as nossas criancinhas.
Na excelso ambiente lisboeta, quando o assunto é o "Alberto", há, de imediato, um raciocínio à Pavlov: se o "Alberto" disse X, então, nós, os cidadãos respeitados e respeitadores da boa república lisboeta, temos de dizer Z. A Madeira está para Lisboa como a roda de um carro está para o rafeiro: é o sítio onde fazemos a nossa mijinha de moralismo. Achamos, em Lisboa, que somos mais puros e honestos que o Alberto João. Ilusão completa.

2. E por que razão ele é tão odiado em Lisboa? Porque Alberto João é a negação da política portuguesa. A História política de Portugal é Lisboa, Lisboa, Lisboa e, depois, "Lesboa". O centralismo de Lisboa controla tudo desde o tempo das naus. E quem manda em Lisboa está habituado a uma coisa: obediência total das outras regiões. Ora, com Alberto João, isso não é assim. Ele bate o pé. Ele não defende Lisboa ou um suposto "bem nacional" (coisa vaga) mas o seu eleitorado. Pessoas concretas que votam nele. Ele defende as pessoas que representa. Coisa, logo à partida, notável neste país que finge ser uma democracia representativa. Finge. Não é.


Henrique Raposo | 17:24 |

 


EDIÇÃO Nº 25

ABRIL 2007

...

A NOSSA REVOLUÇÃO DE ABRIL - A SÉRIO E A BRINCAR
por RUI RAMOS E 31 DA ARMADA

O MAIS IMPORTANTE AINDA ESTÁ POR FAZER!
por ANTÓNIO CARRAPATOSO

A VELHA EUROPA E A NOVA INTEGRAÇÃO EUROPEIA
por VÍTOR MARTINS

DOIS ANOS DEPOIS
por JOÃO MARQUES DE ALMEIDA, LUCIANO AMARAL e PAULO PINTO MASCARENHAS

COMO O ESTADO MATOU O COZINHEIRO ALEMÃO
por PAULO BARRIGA

O PACTO
por PEDRO BOUCHERIE MENDES

ERC

Inquérito Atlântico

Sem inquérito neste momento

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Rádio Europa

Descubra as Diferenças»

Um programa de opinião livre e contraditório onde o politicamente correcto é corrido a 4 vozes e nenhuma figura é poupada.

Com a (i)moderação de Antonieta Lopes da Costa e a presença permanente de Paulo Pinto Mascarenhas. Sexta às 19h10.

Com repetição Domingo às 11h00 e às 19h00.

 

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O INOMINÁVEL

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